O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) implementou um sistema automatizado, conhecido como robô do INSS, visando agilizar o processo de análise e concessão de benefícios aos segurados. No entanto, de acordo com uma auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU), esse sistema tem gerado um alto índice de negativas, resultando em diversos transtornos para aqueles que solicitam esses serviços.
Aumento nas Negativas de Benefícios
Apesar da intenção de agilizar o atendimento, o robô do INSS tem negado cerca de 65% dos requerimentos de benefícios, conforme os dados da auditoria da CGU. Comparando com o ano anterior à implementação do sistema, em 2021, quando a taxa de negativas era de 41%, fica evidente o aumento significativo de recusas desde então. Esse é o maior percentual de negativas registrado desde 2006.
Injustiças e Indeferimentos Automáticos
A auditoria da CGU apontou que muitas vezes as negativas automáticas do robô do INSS são injustas ou indevidas. Isso resulta em um ciclo vicioso, onde os requerentes precisam lidar com a carga de retrabalho causada pelas negativas e ainda enfrentam a necessidade de retornar à fila do órgão.
Essa situação gera frustração e prejudica os segurados, que podem ter direito ao benefício negado de forma equivocada.
Recursos e Ações Judiciais
Quando o robô do INSS nega um benefício, o requerente tem a opção de entrar com um recurso junto ao Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS). Além disso, caso se sinta prejudicado pela recusa, é possível mover uma ação judicial buscando a concessão do benefício.
Essas medidas são necessárias para garantir que os segurados tenham seus direitos assegurados, mesmo diante das negativas automáticas do robô do INSS.
Falta de Análise de Risco e Planejamento
A auditoria da CGU também identificou que houve falta de análise de risco e de planejamento por parte do INSS na implementação do robô. Essa falta de preparação adequada contribui para os problemas enfrentados pelos requerentes de benefícios.
Um sistema automatizado como o robô do INSS requer uma estratégia bem definida, análise criteriosa e ajustes constantes para garantir que as análises sejam justas e corretas.
Impactos na Vida dos Segurados
Os altos índices de negativas gerados pelo robô do INSS têm causado diversos transtornos na vida dos segurados. Além do tempo perdido com a espera pelo benefício, os requerentes precisam lidar com a frustração e a necessidade de buscar recursos ou ações judiciais para terem seus direitos reconhecidos.
Esse processo pode ser demorado e desgastante, afetando a qualidade de vida dos segurados que dependem desses benefícios para sobreviver.
Ademais, o robô do INSS, embora tenha sido implementado com o intuito de agilizar o atendimento e a concessão de benefícios, tem gerado um alto índice de negativas, causando transtornos aos requerentes. As negativas automáticas muitas vezes são injustas ou indevidas, o que demanda recursos ou ações judiciais para reverter as decisões.
A falta de análise de risco e planejamento adequado por parte do INSS também contribui para os problemas enfrentados pelos segurados. É fundamental que o órgão reveja e aprimore o sistema para garantir que as análises sejam justas e corretas, respeitando os direitos dos segurados e evitando prejuízos desnecessários.
“A automação no INSS deveria ser uma solução, mas acabou se tornando mais um problema para os requerentes de benefícios.” – Auditoria da CGU