O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é uma das instituições mais importantes do Brasil quando se trata de aposentadoria e pensão. No entanto, muitas de questões e debates surgiram recentemente em relação ao funcionamento e às políticas do INSS. Esta matéria pretende esclarecer esses pontos de vista e fornecer uma visão geral sobre as recentes mudanças em torno do INSS.
Análise do Recurso
Em agosto, a análise do recurso pelo INSS teve início. O ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso, votou em favor do pedido, sugerindo a modulação de efeitos. Isto implicaria a definição da aplicação da decisão sobre os pagamentos.
O ministro propôs que a “revisão da vida toda” do INSS não deveria incidir sobre:
- Benefícios previdenciários já extintos;
- Parcelas quitadas e já pagas com base em decisões judiciais irrecorríveis;
Correção de Parcelas Futuras
Quanto às parcelas futuras, o Ministro Moraes acredita que devem ser corrigidas a partir da data do julgamento do caso no Supremo, que é 1º de dezembro de 2022.
Julgamento Futuro
O julgamento deverá ser retomado e os votos dos ministros Cristiano Zanin, André Mendonça, Nunes Marques, Edson Fachin, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e o presidente Luís Roberto Barroso serão apresentados.
Divergências
Rosa Weber, ministra que se aposentou recentemente, também apresentou sua posição. Ela propôs uma aplicação do entendimento do STF semelhante ao do relator, mas divergiu em alguns pontos.
Para Rosa Weber, a decisão não deveria resultar em:
- Revisão dos benefícios previdenciários já extintos;
- Proposta de ação para revisar casos já encerrados na Justiça antes de 17 de dezembro de 2019;
- Pagamento de diferenças de valores anteriores a 17 de dezembro de 2019;
Proposta do Ministro Moraes
Moraes sugeriu que a decisão do STF sobre a revisão da vida toda não se aplicasse a:
- Benefícios previdenciários já extintos;
- Parcelas quitadas e já pagas com base em decisões judiciais que não aceitam mais recursos.
Para as parcelas ainda pendentes, Moraes acredita que devem ser corrigidas a partir da data do julgamento no Supremo.
Voto do Ministro Alexandre de Moraes
O Ministro Alexandre de Moraes foi o relator do caso e seu voto foi amplamente aguardado. Ele propôs uma modulação de efeitos, que determinaria como a decisão será aplicada nos pagamentos.
O Marco de Weber
A data de 2019 é importante para Weber, pois foi quando o Superior Tribunal de Justiça concedeu o direito de revisão aos aposentados.
Decisão de Moraes
Em julho deste ano, o Ministro Moraes emitiu uma decisão individual suspendendo todos os processos nas instâncias inferiores que discutiam o tema. Estes processos estão aguardando a decisão dos ministros sobre o recurso do INSS.
Motivo da Suspensão
A suspensão foi realizada para garantir a segurança jurídica. O INSS solicitou a suspensão em março deste ano para poder definir o número de benefícios a serem analisados, estimar o impacto financeiro e analisar as condições para implementar a decisão e apresentar um cronograma para isso.
Voto do Ministro Cristiano Zanin
Zanin, em seu voto, estabeleceu que não é possível rever benefícios já extintos e decisões já definitivas.
Proposta do Ministro Zanin
As propostas de Zanin incluem:
- Não revisar benefícios já extintos;
- Não rever decisões já definitivas.
Para as parcelas após 13 de dezembro do ano passado, Zanin propõe uma correção baseada na decisão da Corte.
Presidente Luís Roberto Barroso
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, concordou com a posição do Ministro Zanin.
Situação Atual
Em julho deste ano, o Ministro Alexandre de Moraes suspendeu todos os processos nas instâncias inferiores da justiça que discutem o tema. Estes processos aguardam uma decisão dos ministros sobre o recurso do INSS.
Consequências da Suspensão
A suspensão visava garantir a segurança jurídica, segundo Moraes. Pelo menos 10.899 processos nas instâncias inferiores aguardam um desfecho do caso.
INSS e a Revisão da Vida Toda
O INSS, responsável pelos benefícios de aposentadoria, solicitou a interrupção. Eles argumentam que a pausa é necessária para determinar o número de benefícios a serem analisados e estimar o impacto financeiro.
Implementação da Decisão
O INSS também precisa analisar as condições para implementar a decisão e apresentar um cronograma para isso.
A Revisão da Vida Toda
A “revisão da vida toda” no INSS é o recálculo da média salarial para a aposentadoria considerando todas as remunerações do trabalhador, mesmo as anteriores a julho de 1994, quando foi implementado o Plano Real. Este mecanismo pode alterar os valores dos benefícios de milhares de aposentados e pensionistas.
O caso foi julgado em dezembro do ano passado no STF. A decisão final é aguardada com expectativa, pois terá implicações significativas para aposentados e pensionistas em todo o Brasil.