Na última terça-feira (5), durante uma reunião transmitida ao vivo no talk show “Conversa com o Presidente”, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, trouxe uma notícia impactante para os trabalhadores brasileiros.
O anúncio revelou o adiamento das alterações planejadas para o saque-aniversário do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), que agora estão programadas para o próximo ano.
Além disso, Marinho abordou as complexidades envolvidas na finalização do projeto de lei destinado a regularizar a atuação dos motoristas de aplicativos, especialmente no que diz respeito aos acordos com os entregadores dessas plataformas.
O Adiamento das Mudanças no FGTS: Uma Explicação Detalhada
Durante a transmissão ao vivo, o ministro Luiz Marinho expressou suas desculpas aos trabalhadores que foram demitidos e enfrentam dificuldades para acessar seus recursos no FGTS. Ele ressaltou que, infelizmente, a proposta que modificaria as regras do saque-aniversário não pôde ser concluída neste ano.
“Quero pedir desculpas a esse conjunto de trabalhadores. Nós não vamos conseguir resolver neste ano, mas seguramente no começo do ano estamos construindo as proposições legislativas para enviar ao Congresso Nacional e resolver definitivamente essa questão do Fundo de Garantia”, afirmou Marinho.
A proposta em questão visa liberar o saldo do FGTS para aqueles que optaram pelo saque-aniversário nos últimos anos e não conseguiram utilizá-lo após a demissão.
A intenção era apresentar a proposta ao Congresso Nacional ainda em 2023, mas, diante das circunstâncias, essa iniciativa foi adiada para o próximo ano.
Desafios na Regulamentação dos Motoristas de Aplicativos
Além do adiamento das mudanças no FGTS, o ministro Marinho abordou as resistências enfrentadas na elaboração do projeto de lei que busca regulamentar a atividade dos motoristas de aplicativos.
Mesmo havendo consenso em relação a valores e procedimentos, a redação final do acordo enfrenta obstáculos, representando a fase de elaboração do projeto legislativo que será apresentado aos parlamentares para se tornar lei.
O ministro explicou que, embora tenha havido concordância em muitos aspectos, a elaboração do projeto enfrenta desafios, especialmente no que diz respeito aos trabalhadores de aplicativos responsáveis por entregas.
A proposta apresentada pelas empresas, que propõem um salário muito abaixo do mínimo, foi considerada inaceitável pelo governo, impedindo a conclusão do acordo até o momento.
Perspectivas para o Futuro e Compromisso com Soluções Definitivas
Apesar dos obstáculos enfrentados, o ministro reiterou o compromisso do governo em buscar soluções definitivas para ambas as questões.
No caso do FGTS, a promessa é de que as propostas legislativas sejam construídas e enviadas ao Congresso Nacional no início do próximo ano.
Quanto à regulamentação dos motoristas de aplicativos, Marinho assegurou que um projeto de lei será elaborado com conceitos semelhantes aos acordados para o transporte de passageiros.
Em meio a esses desdobramentos, os trabalhadores aguardam com expectativa as medidas que impactarão diretamente em seus direitos e condições de trabalho.
A complexidade desses temas demonstra a necessidade de diálogo contínuo entre o governo, trabalhadores e empresas para encontrar soluções equilibradas e que atendam aos interesses de todas as partes envolvidas.
O próximo ano se apresenta como um período crucial para a implementação de mudanças significativas nessas áreas tão relevantes para a força de trabalho brasileira.