Desde a aprovação pela Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR), o projeto que propõe a inclusão das palafitas no Programa Minha Casa Minha Vida deu um passo significativo.
Avanço na EQUIDADE HABITACIONAL: entenda a inclusão de palafitas no programa MINHA CASA MINHA VIDA
Essa medida representa um avanço importante ao contemplar áreas alagadiças e, consequentemente, oferecer a possibilidade de construção por meio do programa habitacional do governo federal.
O Projeto de Lei 3.481/2019, de autoria do senador Jader Barbalho (MDB-PA), agora segue para votação final na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), marcando um marco no direcionamento do programa para uma maior inclusão habitacional.
Contextualizando a importância das palafitas
As casas de palafitas são moradias comuns em regiões como a Amazônia, caracterizadas por sua estrutura apoiada em pilares ou estacas sobre a água de rios, lagos, lagoas ou nas margens do mar. Em suma, essa forma de construção tem o intuito de evitar inundações e o deslocamento das residências pela correnteza.
A inclusão das palafitas no programa habitacional visa beneficiar especialmente a população ribeirinha, conferindo prioridade no acesso ao programa, conforme a proposta em discussão.
Enfoque e apoio parlamentar
O senador Jader Barbalho (MDB-PA), autor do projeto, enfatiza as dificuldades enfrentadas pelas comunidades ribeirinhas para acessar programas habitacionais.
Desse modo, ao justificar a iniciativa, Barbalho ressalta a necessidade de equidade nos direitos dos brasileiros e a inadequação de excluir os ribeirinhos do programa Minha Casa Minha Vida, um dos principais pilares de inclusão social do país.
O parecer favorável e as emendas propostas
O relator do projeto, senador Beto Faro (PT-PA), acolheu o texto com emendas que visam aprimorar a proposta. Após audiências públicas com especialistas, o relator ressaltou a falta de clareza na legislação vigente sobre a inclusão das comunidades ribeirinhas no programa, o que acabava por excluí-las na prática.
Segundo Faro, o projeto inicialmente não proibia a construção de moradias sobre palafitas pelo Minha Casa Minha Vida. Contudo, não esclarecia suficientemente a necessidade de atendimento habitacional para essas comunidades específicas.
Sendo assim, a proposta busca corrigir essa lacuna, garantindo que as famílias que residem nessas estruturas também sejam contempladas pelo programa.
Aperfeiçoamentos e direcionamentos
Concisamente, dentre as emendas propostas, o relator optou por remover a especificação de materiais a serem utilizados na construção das palafitas, visando evitar a obsolescência rápida do projeto. Além disso, ele excluiu a menção à infraestrutura de comunicações, uma vez que já está contemplada em outra legislação específica.
Requisitos de qualificação no programa Minha Casa Minha Vida
Atualmente, os beneficiários do Programa Minha Casa Minha Vida devem atender a critérios como a comprovação de renda familiar mensal de até R$ 4.650 ou estar dentro das faixas de renda estipuladas pelo governo para cada modalidade do programa.
Há prioridade para famílias residentes em áreas de risco, insalubres, desabrigadas ou afetadas por desastres naturais. Além disso, são priorizadas famílias chefiadas por mulheres e aquelas que possuem membros com deficiência.
Uma importante medida para comunidades riberirinhas
Em síntese, a inclusão das palafitas no programa Minha Casa Minha Vida representa um passo crucial na busca pela justiça habitacional. Assim, permitindo que comunidades ribeirinhas sejam contempladas por essa importante iniciativa governamental de combate ao déficit habitacional no Brasil.
A expectativa é de que esse avanço proporcione moradias dignas e seguras, garantindo direitos fundamentais a todas as camadas da população.
Cuidado com golpes habitacionais
Os golpes habitacionais podem se manifestar de várias formas, desde anúncios falsos de imóveis até esquemas de pirâmide que prometem residências a preços muito abaixo do mercado. Além disso, há casos em que indivíduos se passam por corretores ou proprietários, solicitando adiantamentos para garantir a reserva de um imóvel que, na verdade, não está disponível para locação ou venda.