A expectativa dos segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em relação à revisão da vida toda está prestes a ser retomada, à medida que o Supremo Tribunal Federal (STF) se prepara para retomar o julgamento crucial. Este processo, que teve seu curso interrompido, deixou muitos segurados frustrados diante da incerteza sobre seus direitos previdenciários.
Retomada do julgamento da REVISÃO DA VIDA TODA pelo STF em 2024 gera expectativas e desafios para os segurados do INSS
Contudo, a boa notícia é que a data marcada para a retomada do julgamento da revisão da vida toda está agendada para o dia 1º de fevereiro de 2024. Sendo assim, isso assinala o início das análises das ações previdenciárias após o período de recesso do Judiciário.
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, agendou essa retomada após a suspensão do julgamento, que ocorreu em 1º de dezembro devido a um pedido de destaque feito pelo ministro Alexandre de Moraes.
Desse modo, a regra em discussão, aprovada pela Corte com um apertado placar de seis votos a cinco em 2022, permite que os segurados do INSS que contribuíram para o instituto antes de julho de 1994 solicitem a revisão da vida toda.
Um grupo específico de segurados do INSS, composto por aqueles que se aposentaram entre 1999 e a Reforma da Previdência de 2019, está habilitado a buscar a revisão de seus benefícios. Contudo, a suspensão dos casos relacionados à revisão da vida toda foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, acatando um recurso apresentado pela autarquia.
O INSS justificou sua posição alegando falta de capacidade técnica no momento para recalcular as aposentadorias de acordo com a nova regra. Em resumo, estima-se que aproximadamente 51 milhões de benefícios, entre ativos e inativos, seriam afetados por esse procedimento, o que motivou a busca pela suspensão até o julgamento do mérito.
Quais beneficiários do INSS possuem elegibilidade para solicitar a revisão da vida toda?
Os benefícios elegíveis para a revisão da vida toda, a partir de 1999, incluem:
- Aposentadoria por tempo de contribuição;
- Aposentadoria por idade;
- Aposentadoria especial;
- Aposentadoria por invalidez;
- Auxílio-doença;
- Pensão por morte.
Em suma, a revisão da vida toda tem o potencial de trazer benefícios significativos para muitos brasileiros aposentados. No entanto, antes de entrar com o processo de revisão na Justiça Federal, é crucial realizar o cálculo para certificar-se de que a revisão é vantajosa para o seu caso específico.
Além disso, é importante encontrar um advogado de confiança para conduzir o processo (evitando promessas irrealistas, já que no direito previdenciário trabalha-se com possibilidades, não garantias). Por fim, o cidadão deve estar consciente de que, apesar de existirem julgamentos favoráveis, o sucesso da ação não é uma certeza.
O que envolve a revisão da vida toda?
De forma sucinta, a revisão da vida toda, também conhecida como revisão da vida inteira, é um modelo de cálculo bastante popular entre os segurados do INSS. Dessa maneira, seu propósito é incluir no cálculo da aposentadoria todos os períodos de contribuições feitas junto ao INSS.
Esse modelo foi autorizado pela Justiça para permitir que trabalhadores com salários mais altos antes de 1994 pudessem ter esses períodos considerados no cálculo de suas aposentadorias.
Entretanto, é importante destacar que trabalhadores que começaram suas contribuições após esse período ou que tiveram seus salários reduzidos após 1994 também têm direito a solicitar essa revisão da vida toda junto ao INSS.
Mudanças
Até a promulgação da Reforma da Previdência em novembro de 2019, a revisão da vida toda era concedida apenas para o cálculo das aposentadorias de trabalhadores após julho de 1994, início do Plano Real.
Desse modo, com a expectativa da retomada do julgamento pelo STF, a revisão da vida toda permanece como uma esperança para muitos segurados do INSS que buscam a justiça previdenciária em relação aos seus benefícios.
Por fim, o desfecho desse julgamento pode significar um novo panorama para aqueles que aguardam por um tratamento mais justo em relação às suas aposentadorias.