O Bolsa Família, um dos principais programas de transferência de renda do Brasil, desempenha um papel crucial na mitigação da pobreza e na promoção da inclusão social. Recentemente, foi anunciado que mais de 600 mil famílias foram incluídas na regra de proteção do Bolsa Família.
Essa medida representa não apenas um suporte financeiro significativo para esses lares, mas também evidencia os esforços contínuos do governo em ampliar o alcance e a eficácia desse programa.
Vamos explorar mais sobre essa regra de proteção do Bolsa Família e entender seu impacto nas comunidades vulneráveis do país.
Regra de proteção em março
Este mês, o Bolsa Família está assistindo aproximadamente 602 mil famílias sob a égide da regra de proteção.
Essa norma, instituída desde junho do ano anterior, permite que algumas famílias continuem recebendo parte do benefício quando seus membros obtêm emprego e veem sua renda melhorar.
Consequentemente, essas famílias continuam a receber 50% do valor do benefício por até dois anos. No entanto, cada membro ainda deve manter-se dentro do limite de renda máxima de meio salário mínimo, que atualmente equivale a R$ 706.
Para esses beneficiários, o montante médio do benefício atinge R$ 370,49, representando a metade do valor total do benefício.
100 mil novas inclusões foram registradas na folha de pagamento do Bolsa Família deste mês de março. Desde julho do ano passado, a integração das informações do programa com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) tem sido adotada.
Como resultado dessa integração, aproximadamente 270 mil unidades familiares foram desligadas do programa de transferência de renda por não atenderem aos critérios de elegibilidade estabelecidos pelo Governo Federal.
Atualmente, o CNIS conta com mais de 80 bilhões de registros relacionados a renda, vínculos empregatícios e benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Por outro lado, aproximadamente 100 mil famílias foram incluídas na lista de beneficiários do Bolsa Família neste mês de março.
Esse processo foi viabilizado por meio da busca ativa, uma ferramenta que identifica famílias que se enquadram nos critérios do programa, mas que ainda não estão recebendo os benefícios.
De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento Social, desde março do ano passado, aproximadamente 3,21 milhões de famílias foram incorporadas ao programa Bolsa Família.
A busca ativa foi destacada como uma das principais razões para esse aumento no número de beneficiários do programa, conforme relatado pelo ministério.
Quem pode se beneficiar do Bolsa Família?
O programa Bolsa Família está disponível para todas as famílias que se encontram em condições de vulnerabilidade social e econômica. Isso implica ter uma renda mensal per capita de até R$ 218.
Além disso, todos os membros do núcleo familiar devem estar registrados no Cadastro Único (CadÚnico), com todas as informações atualizadas há pelo menos dois anos.
Outro aspecto relevante são as chamadas condicionalidades, requisitos estipulados pelo Governo Federal para que uma família continue recebendo as parcelas do benefício. Estas incluem:
- Frequência escolar de no mínimo 60% para crianças de 4 e 5 anos;
- Frequência escolar de no mínimo 75% para crianças e jovens de 6 a 18 anos;
- Acompanhamento nutricional de crianças com até 7 anos;
- Manutenção da carteira de vacinação em dia para crianças e jovens;
- Comprovação de acompanhamento pré-natal para gestantes.
Caso as famílias não atendam a essas exigências, correm o risco de deixar de receber os benefícios do programa.
Adicionais do Bolsa Família de março
O programa Bolsa Família recebe uma ampliação significativa por meio de três novos adicionais, os quais complementam o valor base do benefício e respondem às necessidades específicas de diversos grupos:
- Benefício Variável Familiar Nutriz: Destinado às mães de bebês com até seis meses, esse adicional consiste em seis parcelas de R$ 50, visando assegurar a adequada nutrição durante essa fase crucial da vida infantil.
- Acréscimo para Gestantes e Filhos de 7 a 18 Anos: Com um adicional de R$ 50, esse benefício reforça o apoio à saúde e ao desenvolvimento durante a infância e a adolescência, beneficiando gestantes e crianças entre 7 e 18 anos de idade.
- Adicional para Crianças de até 6 Anos: Reconhecendo a importância dos primeiros anos de vida para o desenvolvimento infantil, este adicional de R$ 150 é concedido às famílias com crianças pequenas, auxiliando no suporte necessário durante essa fase crucial do crescimento infantil.
Calendário completo
O calendário de pagamentos do Bolsa Família para o mês de março de 2024 está definido de acordo com o dígito final do Número de Identificação Social (NIS), um código de 11 dígitos fornecido pelo governo federal. Para saber a data exata de recebimento, os beneficiários devem consultar o seguinte cronograma:
- NIS de final 1: Pagamento realizado em 15 de março.
- NIS de final 2: Pagamento realizado em 18 de março.
- NIS de final 3: Pagamento previsto para 19 de março.
- NIS de final 4: Pagamento previsto para 20 de março.
- NIS de final 5: Pagamento previsto para 21 de março.
- NIS de final 6: Pagamento previsto para 22 de março.
- NIS de final 7: Pagamento previsto para 25 de março.
- NIS de final 8: Pagamento previsto para 26 de março.
- NIS de final 9: Pagamento previsto para 27 de março.
- NIS de final 0: Pagamento previsto para 28 de março.
Os beneficiários devem observar atentamente o dígito final do seu NIS para garantir o recebimento do auxílio na data correta.