Segundo dados do Governo Federal, 44% dos beneficiários do Bolsa Família que recebem acima de R$ 800,00 estão envolvidos em pequenos empreendimentos, muitas vezes sem formalização.
Diante desse contexto, o governo instituiu um programa que disponibiliza empréstimos para Microempreendedores Individuais (MEI), com o intuito de estimular os trabalhadores informais a aderirem ao MEI e, consequentemente, ampliarem suas atividades comerciais de maneira regularizada.
Para obter informações mais detalhadas sobre esse programa e entender como você pode se beneficiar, continue acompanhando a leitura!
O que é MEI?
MEI, sigla para Microempreendedor Individual, é uma categoria empresarial criada pelo Governo Federal para formalizar a atividade econômica de trabalhadores autônomos, com faturamento anual de até R$ 81.000,00.
O MEI foi instituído com o objetivo de simplificar a legalização de pequenos negócios, oferecendo benefícios e reduzindo a carga tributária para os empreendedores que se enquadram nessa categoria.
Ao se registrar como MEI, o empreendedor passa a ter um CNPJ e fica sujeito a um regime tributário simplificado, pagando um valor fixo mensal que engloba impostos como INSS, ICMS e ISS, dependendo da atividade desenvolvida.
Além disso, o MEI tem acesso a benefícios previdenciários, como aposentadoria por idade, auxílio-doença, salário-maternidade, entre outros.
Entre as vantagens de ser um MEI estão a formalização do negócio, a possibilidade de emissão de notas fiscais, acesso a linhas de crédito especiais e facilidades para participação em licitações públicas.
O MEI também possui menos obrigações contábeis e burocráticas em comparação a outras formas de empresa, o que torna a gestão mais simples e acessível para empreendedores iniciantes.
Empréstimo para MEIs do Bolsa Família
O novo programa do Governo Federal, desenvolvido em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), tem como objetivo conceder empréstimos para Microempreendedores Individuais (MEI).
Sua principal finalidade é incentivar os beneficiários do Bolsa Família que estão envolvidos em negócios informais a formalizarem suas atividades como MEIs.
Essa iniciativa reconhece o empreendedorismo como uma oportunidade para os beneficiários do Bolsa Família encontrarem uma saída do programa assistencial.
Além disso, busca aumentar a arrecadação da Previdência Social, que enfrentou um déficit de R$ 306 bilhões em 2023.
Como vai funcionar o crédito MEI pelo Bolsa Família
O crédito destinado aos Microempreendedores Individuais (MEI) pelo programa Bolsa Família contará com um fundo garantidor estabelecido pelo Sebrae em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Com essa garantia estabelecida, instituições financeiras privadas e cooperativas terão a capacidade de oferecer empréstimos para os beneficiários do Bolsa Família que buscam formalizar seus negócios como MEI.
Dessa forma, os beneficiários do Bolsa Família poderão solicitar empréstimos para se formalizarem como MEI, sem perder o benefício assistencial.
A saída do Bolsa Família será determinada à medida que o governo identificar os beneficiários capazes de sustentar-se por meio de seus próprios negócios.
Então, quem é MEI também pode ter Bolsa Família?
Sim, Microempreendedores Individuais (MEI) podem receber o Bolsa Família, desde que atendam aos requisitos estabelecidos pelo programa social.
Isso ocorre porque a elegibilidade para receber o benefício não está diretamente relacionada à categoria empresarial do indivíduo, mas sim à sua situação socioeconômica e familiar.
Quais os critérios pare ser MEI e receber o Bolsa Família?
Como solicitar o Bolsa Família?
Para solicitar o Bolsa Família, é necessário seguir os seguintes passos:
- Cadastro no Cadastro Único (CadÚnico): O Cadastro Único é um instrumento utilizado pelo governo para identificar e caracterizar as famílias de baixa renda. Para se cadastrar, é preciso procurar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) ou a prefeitura do seu município e informar que deseja se inscrever no CadÚnico para acessar programas sociais.
- Atualização dos dados: Certifique-se de que todas as informações fornecidas no Cadastro Único estejam atualizadas, especialmente as relativas à composição familiar, renda e endereço.
- Avaliação e seleção: Após o cadastramento, as informações serão analisadas pelo governo para verificar se a família se enquadra nos critérios estabelecidos para o Bolsa Família. Caso seja considerada elegível, a família será incluída no programa e receberá um cartão magnético para o saque do benefício.
- Recebimento do benefício: Após a aprovação, o benefício será disponibilizado mensalmente na conta do Bolsa Família do beneficiário, de acordo com o calendário de pagamentos estabelecido pela Caixa Econômica Federal.
É importante ressaltar que o Bolsa Família é um programa sujeito a regras e critérios específicos, e o recebimento do benefício está condicionado à situação socioeconômica da família, conforme avaliação realizada pelo governo.
Portanto, é fundamental manter os dados atualizados e fornecer informações verídicas durante o cadastro e atualização no Cadastro Único.