Diante das complexidades e desafios enfrentados por indivíduos com problemas cardíacos, muitos se perguntam se é possível se aposentar nessas circunstâncias.
A segurança e estabilidade financeira são preocupações legítimas para aqueles que lidam com questões de saúde tão sérias.
Neste guia informativo, exploraremos as regras e regulamentos que regem a aposentadoria para pessoas com problemas cardíacos, oferecendo insights valiosos sobre os critérios e procedimentos envolvidos.
Se você ou alguém que conhece está lidando com problemas cardíacos e considerando a aposentadoria, continue lendo para entender melhor os seus direitos e opções disponíveis.
Problema no coração podem gerar a aposentadoria?
Problemas cardíacos podem, de fato, levar à aposentadoria por invalidez ou por incapacidade acidentária, além de permitir o acesso ao auxílio-doença ou ao auxílio-doença acidentário.
Atualmente, existem quatro tipos de benefícios que podem ser concedidos pelo INSS a pessoas com condições cardíacas:
- Auxílio-doença
- Auxílio-doença acidentário
- Aposentadoria por incapacidade permanente (anteriormente conhecida como aposentadoria por invalidez)
- Aposentadoria por incapacidade parcial (aposentadoria por invalidez acidentária)
Para ser elegível a qualquer um desses benefícios, é necessário comprovar, por meio de exames e laudos médicos, que a condição cardíaca impede a realização de qualquer atividade laboral.
Além disso, para solicitar esses auxílios, é preciso estar contribuindo com o INSS e possuir a documentação necessária para a concessão do benefício.
Por outro lado, o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) também pode ser concedido a indivíduos com cardiopatias, devido à gravidade dessas condições. Sendo um benefício assistencial, não é necessário ter contribuído para o INSS para recebê-lo, e o valor é equivalente a um salário mínimo vigente.
Quais as doenças cardíacas que se aposentam pelo INSS?
Para solicitar a aposentadoria por invalidez devido a problemas cardíacos, é necessário passar por uma avaliação médica pericial do INSS e apresentar toda a documentação médica que comprove a condição, como laudos, exames e relatórios de acompanhamento.
O reconhecimento da incapacidade total e permanente para o trabalho é o critério principal para a concessão desse benefício.
Diversas doenças cardíacas podem levar à aposentadoria pelo INSS, dependendo da gravidade e do impacto na capacidade laboral.
Condições como insuficiência cardíaca, insuficiência coronariana, arritmias complexas e cardiomegalia podem ser consideradas para a concessão do benefício, desde que devidamente comprovadas por meios médicos.
Para casos de arritmia cardíaca grave, cardiomegalia associada a sintomas incapacitantes, insuficiência cardíaca grave e sopro cardíaco com impacto na qualidade de vida e capacidade de trabalho, é possível pleitear a aposentadoria por invalidez.
No entanto, cada caso deve ser avaliado individualmente por um médico para determinar a elegibilidade ao benefício.
Válvula no coração dá direito à aposentadoria?
A presença de uma válvula no coração pode ser um indicativo de uma condição médica séria que pode afetar a capacidade de trabalho de uma pessoa.
No entanto, o direito à aposentadoria por incapacidade permanente devido a essa condição dependerá de vários fatores, incluindo a gravidade dos sintomas, a capacidade residual de trabalhar e as leis previdenciárias do país em questão.
É possível que uma condição cardíaca seja adquirida no ambiente de trabalho?
Algumas doenças cardíacas podem se desenvolver devido à exposição a substâncias tóxicas ou ao estresse extremo relacionado ao trabalho.
A comprovação dessa relação entre a doença e o ambiente de trabalho pode ser feita por meio de documentação médica, histórico ocupacional e, em alguns casos, estudos de casos específicos relacionados ao setor de trabalho.
Se for estabelecida uma conexão entre a condição cardíaca e o trabalho, é possível solicitar benefícios como auxílio-doença acidentário ou aposentadoria por invalidez acidentária.
Mesmo que não haja uma relação direta com o trabalho, ainda é possível solicitar benefícios como auxílio-doença previdenciário ou aposentadoria por invalidez, desde que atendam aos critérios estabelecidos pela legislação previdenciária.
Como demonstrar a conexão entre o problema cardíaco e a atividade laboral?
A correlação entre o problema cardíaco e o ambiente de trabalho pode ser estabelecida por meio da Classificação Internacional de Doenças (CID) e da avaliação da ocupação da pessoa.
A CID indicará a exposição a fatores de risco ou a doenças relacionadas ao trabalho que contribuíram para a condição cardíaca.
Assim, para uma comprovação adequada, é necessário que a pessoa obtenha um parecer médico especializado, preferencialmente de um cardiologista, confirmando que a doença foi desenvolvida em decorrência de suas atividades profissionais.
O perito do INSS examinará o caso para determinar a viabilidade do benefício e identificar qual se encaixa na condição apresentada.
Exemplos de CIDs pertinentes a doenças cardíacas incluem:
- CID 10 I20: angina pectoris
- CID 10 I21: infarto agudo do miocárdio
- CID 10 I26: doença cardiopulmonar crônica ou cor pulmonale SOE
- CID 10, I46: parada cardíaca
- CID 10, I49: arritmias cardíacas
- CID 10, Z.56.3: ritmo de trabalho penoso
- CID 10, X-49; CID 10, Z57.5: exposição ocupacional a cobalto
- CID 10, X-48; CID 10, Z57.4: exposição a agrotóxicos organofosforados e carbamatos
- CID 10, X-47; CID 10, Z57.5: exposição a monóxido de carbono
- CID 10, Z.56.5: má adaptação ao trabalho
- CID 10, Z.56.4: desacordo com patrão e colegas de trabalho
Mesmo CIDs relacionados à adaptação no trabalho podem estar ligados a problemas cardíacos. Isso ocorre porque o estresse ocupacional pode levar ao desenvolvimento de condições cardíacas ao longo do tempo.
Portanto, é crucial obter um laudo médico elaborado por um especialista que possa fornecer uma avaliação detalhada do caso.
Tenho 65 anos…tenho problemas cardíaco faço tratamento estou afastado do trabalho até maio oque tenho que fazer….aposentar por idade ou por incapacidade