O Governo Federal anunciou uma nova abordagem para impulsionar o empreendedorismo entre os beneficiários do Bolsa Família a partir de 2024.
Vale mencionar que, este movimento surge como uma resposta às preocupações levantadas pelo Supremo Tribunal Federal em relação aos altos juros e ao risco de endividamento associado ao antigo empréstimo consignado.
Dessa vez, a proposta visa especificamente apoiar microempreendedores individuais (MEIs) e pessoas físicas com Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), oferecendo uma oportunidade real para que possam iniciar ou expandir seus próprios empreendimentos.
Ao contrário do modelo anterior, este novo programa de crédito garante que os beneficiários do Bolsa Família continuem recebendo o auxílio enquanto estão no estágio inicial de seus negócios.
A ideia é, portanto, que os beneficiários só deixem o programa quando tiverem condições financeiras de se sustentar por conta própria.
Para oferecer suporte aos novos empreendedores, o programa estabeleceu uma parceria estratégica com o Sebrae, que fornecerá orientações e assistência para a formalização e gestão dos negócios.
Além disso, foi criado um fundo de garantia em conjunto com o BNDES, com o objetivo de disponibilizar até R$ 30 bilhões para esta linha de crédito.
A nova linha de crédito se propõe a fortalecer empreendimentos existentes, especialmente aqueles nas áreas de alimentação e artesanato. O governo busca, assim, ampliar as oportunidades para os pequenos negócios e impulsionar o crescimento econômico em comunidades vulneráveis.
Os detalhes completos do programa, incluindo critérios de elegibilidade e procedimentos para solicitar o empréstimo, serão divulgados em breve pelo governo.
De qualquer forma, a expectativa é que essa iniciativa tenha um impacto significativo na vida de muitos brasileiros, especialmente aqueles que buscam alternativas para geração de renda.
Continue a leitura para saber muito mais sobre essa nova linha de crédito para beneficiários do Bolsa Família.
Conheça a fundo o programa “Acredite”
O Governo Federal está lançando um novo programa com o nome inspirador “Acredita no Primeiro Passo“, com o objetivo de tornar o microcrédito mais acessível para aqueles registrados no Cadastro Único (CadÚnico), incluindo os beneficiários do Bolsa Família.
Esse programa ambicioso busca oferecer suporte às famílias de baixa renda, aos empreendedores informais, às mulheres e aos pequenos produtores rurais, abrindo portas para que possam iniciar ou expandir seus pequenos negócios de forma mais acessível e sustentável.
A iniciativa governamental anunciou um programa de empréstimo específico para os beneficiários do Bolsa Família em 2024, direcionado àqueles que recebem mais de R$ 800 e já estão envolvidos em atividades empreendedoras. Este grupo representa 44% do total de beneficiários do programa.
A implementação desse programa será realizada em colaboração com o Sebrae, que fornecerá consultoria e apoio aos micro e pequenos empreendedores durante todo o processo de formalização e desenvolvimento de seus negócios.
De acordo com o Sebrae, aproximadamente 10 milhões de pessoas, das 20 milhões que vivem em condições de pobreza no Brasil, estão envolvidas em atividades informais para sustento próprio.
Décio Lima, presidente do Sebrae Nacional, destaca que uma parcela significativa desses empreendedores informais evita legalizar seus negócios por receio de perder o auxílio do Bolsa Família.
No entanto, ele esclarece que a formalização não resultará em exclusão imediata do programa, mas sim em um processo planejado de transição para uma saída gradual do Bolsa Família.
Lima destaca que a formalização dos microempreendedores pode aumentar sua renda em até 25%, o que representa uma melhora substancial para aqueles que buscam estabilidade financeira.
Ele enfatiza ainda que a inclusão dos beneficiários do Bolsa Família no mundo do empreendedorismo tem o potencial de impulsionar a economia local, gerando oportunidades e progresso para as comunidades envolvidas.
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Financiamento disponível para empréstimo no Bolsa Família
Além do que já foi mencionado, o Sebrae e o BNDES uniram esforços para estabelecer um fundo garantidor destinado a facilitar o acesso a empréstimos para aqueles que buscam formalizar seus empreendimentos, tanto junto a instituições financeiras privadas quanto cooperativas.
Segundo informações do Sebrae, o fundo tem potencial para disponibilizar até R$ 30 bilhões em créditos. Planejado para ser um programa contínuo e sem data de encerramento definida, visa fornecer apoio financeiro de longo prazo para microempreendedores e beneficiários do Bolsa Família.
No âmbito das medidas anunciadas pelo governo, além do suporte financeiro ao Bolsa Família, está prevista uma modalidade específica para a renegociação de dívidas, direcionada aos pequenos empresários, por meio do programa Desenrola Brasil, voltado para empresas.
Este programa contará com o respaldo do Fundo Garantidor de Operações (FGO), visando tornar mais acessíveis as operações de crédito e renegociação para microempreendedores junto às instituições bancárias.
Além disso, o programa prevê a renegociação de dívidas do Pronampe, um projeto lançado durante a pandemia para auxiliar microempresas a enfrentar desafios financeiros.