A vacina contra o HPV, anteriormente disponível para grupos específicos, foi recentemente liberada para um novo público-alvo no Sistema Único de Saúde (SUS).
Essa decisão amplia o acesso a uma medida preventiva importante contra infecções causadas pelo Papilomavírus Humano (HPV) e suas complicações associadas.
Neste artigo, exploraremos quem agora pode receber essa vacina gratuitamente pelo SUS e a importância dessa medida para a saúde pública.
O que é o HPV? Qual a importância da vacina?
Quem pode receber a Vacina do HPV pelo SUS?
O Ministério da Saúde incluiu um novo grupo de pacientes como público-alvo para a vacina contra o HPV: pessoas com papilomatose respiratória recorrente, que agora têm prioridade para receber o imunizante.
Essa medida foi adotada com base em evidências que destacam os benefícios da vacina como um complemento terapêutico para essa condição específica.
Além dos pacientes com papilomatose respiratória recorrente, a vacinação contra o HPV é recomendada para diversos grupos, incluindo meninos e meninas de 9 a 14 anos, vítimas de abuso sexual entre 15 e 45 anos, pessoas vivendo com HIV, transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea, e pacientes oncológicos entre 9 e 45 anos.
Requisitos para a vacina
Para receber a vacina contra o HPV, os pacientes com papilomatose respiratória recorrente devem atender a certos requisitos.
A vacinação para esse grupo será disponibilizada mediante prescrição médica, com a exigência adicional de consentimento dos pais ou responsáveis para pacientes menores de 18 anos.
A papilomatose respiratória recorrente é uma condição pouco comum, porém pode causar significativo impacto clínico e psicológico tanto em crianças quanto em adultos, sendo caracterizada pela formação de verrugas, especialmente na laringe.
Essa enfermidade é originada pela infecção pelo HPV, especialmente pelos tipos 6 e 11. Demandando intervenção cirúrgica para remoção das verrugas, mesmo com tratamentos complementares, as recidivas são frequentes e podem ser agressivas, especialmente em crianças, tornando o tratamento custoso, doloroso e muitas vezes ineficaz.
Dose Única do Imunizante
Desde fevereiro, uma nova estratégia de vacinação em dose única foi implementada com o objetivo de reforçar a proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao HPV, incluindo a papilomatose respiratória recorrente.
Teste Molecular para Detecção
Para complementar as iniciativas de prevenção, o Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou um teste molecular para detecção de HPV em mulheres, considerado inovador.
Esse teste permite um rastreamento mais eficaz do câncer do colo do útero com intervalos de cinco anos, em comparação com o teste de Papanicolau, que requer testes a cada três anos.
Essas medidas representam avanços significativos na prevenção e no controle do HPV, que é a infecção sexualmente transmissível mais comum e o principal fator de risco para o câncer de colo do útero.
Vale ressaltar que essa doença ainda afeta desproporcionalmente mulheres negras, de baixa renda e com menor nível de escolaridade.
As novas estratégias visam reduzir as disparidades e garantir uma abordagem mais abrangente e eficaz na proteção da saúde das mulheres.