O programa Minha Casa Minha Vida é reconhecido por oferecer condições facilitadas para a aquisição de imóveis, especialmente para famílias com renda mensal de até R$ 8 mil.
Entretanto, o que nem todos sabem é que o Minha Casa Minha Vida também proporciona benefícios para a compra de imóveis usados. Mas qual é a diferença no processo de aquisição? E qual o passo a passo para realizar o sonho da casa própria? Confira abaixo!
O que é o Minha Casa Minha Vida?
O Minha Casa Minha Vida (MCMV) é um programa habitacional do governo federal do Brasil criado em 2009 com o objetivo de promover o acesso à moradia digna para famílias de baixa renda.
Por meio desse programa, o governo oferece subsídios, financiamentos e incentivos para facilitar a aquisição da casa própria ou a reforma de imóveis.
Uma das principais características do Minha Casa Minha Vida é a parceria entre o governo, estados, municípios, empresas privadas e entidades sem fins lucrativos para viabilizar empreendimentos habitacionais.
O programa oferece condições especiais de financiamento, como taxas de juros reduzidas e prazos estendidos de pagamento, tornando o sonho da casa própria mais acessível para milhares de famílias em todo o país.
Além de promover o acesso à moradia, o Minha Casa Minha Vida também contribui para o desenvolvimento econômico e social, gerando empregos na construção civil e promovendo o crescimento urbano sustentável.
Ao longo dos anos, o programa tem passado por ajustes e ampliações para atender às demandas da população e garantir que mais brasileiros tenham um lar seguro e adequado.
Imóveis usados pelo Minha Casa Minha Vida
Adquirir um imóvel usado pelo programa Minha Casa Minha Vida apresenta diversas vantagens, sendo a principal delas a taxa de juros mais baixa em comparação ao mercado convencional.
Além disso, há a possibilidade de obter subsídio, porém é fundamental atender a todos os requisitos estabelecidos pelo programa.
Segundo o Ministério das Cidades, os imóveis usados representaram 25% das contratações de operações financiadas em 2023.
É importante ressaltar que o valor máximo permitido pelo programa, tanto para imóveis novos quanto usados, é de até R$ 350 mil.
Para se enquadrar nos critérios do programa, o imóvel deve ser a primeira residência ou a única da família. Quanto ao subsídio, sua disponibilidade depende de diversos fatores relacionados ao comprador.
A principal diferença ao adquirir um imóvel usado pelo Minha Casa Minha Vida está na taxa de juros praticada, a qual varia conforme a renda e geralmente é mais atrativa do que as taxas de mercado.
Novas condições do Programa
O Ministério das Cidades anunciou recentemente novas condições que passarão a vigorar a partir de 18 de maio, com o objetivo de direcionar mais recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para descontos em financiamentos de imóveis usados destinados a famílias com renda máxima de R$ 4,4 mil.
Essas mudanças também afetarão as regiões Sul e Sudeste, incluindo a Faixa 3 do programa, que abrange famílias com renda entre R$ 4,4 mil e R$ 8 mil.
Além disso, há o programa Pró Cotista, voltado para rendas acima de R$ 8 mil. Uma das alterações estabelecidas é um novo cálculo para o valor da entrada no momento da contratação do financiamento com recursos do FGTS para aquisição de imóveis usados.
A razão entre o valor do financiamento e o valor de venda da residência não deverá ultrapassar 75% para famílias com renda bruta mensal entre R$ 5,5 mil e R$ 6,5 mil. Para famílias com renda entre R$ 6,5 mil e R$ 8 mil, essa razão é de 70%.
Essas novas condições implicam em entradas maiores para aquisição de imóveis usados, o que pode favorecer a compra de imóveis novos, exigindo uma entrada menor com recursos próprios.
Para ilustrar, uma família com renda mensal de R$ 7,5 mil poderá adquirir um imóvel novo no valor de R$ 265 mil, com entrada de R$ 53 mil, em comparação com a compra de um imóvel usado no mesmo valor, exigindo uma entrada de R$ 79,5 mil (50% a mais).
Nessas situações, são considerados um comprometimento da renda de 25%, um prazo de amortização de 420 meses, o sistema de amortização Price, e as taxas de juros da Faixa 3, que são de 7,66%.
Essas alterações visam proporcionar condições mais acessíveis para aquisição de moradia às famílias de diferentes faixas de renda.
Como comprar um imóvel usado pelo programa Minha Casa Minha Vida?
Para comprar um imóvel usado pelo programa Minha Casa Minha Vida, o interessado deve seguir alguns passos importantes:
- Verificação de disponibilidade e elegibilidade: Certifique-se de que o imóvel desejado está disponível e que a renda familiar se enquadra nos requisitos estabelecidos pelo programa.
- Negociação do contrato de compra e venda: Após escolher o imóvel, acerte todos os detalhes do contrato de compra e venda com o vendedor.
- Dirigir-se ao banco para financiamento: Procure uma agência da Caixa Econômica Federal (CEF) para iniciar o processo de financiamento. Os clientes serão encaminhados a um correspondente bancário autorizado pela Caixa, responsável por realizar o cadastro e solicitar a documentação necessária.
- Análise e aprovação do financiamento: Após o cadastro e a entrega da documentação, o banco realizará uma análise de crédito. Se o financiamento for aprovado, o cliente precisará pagar as taxas de engenharia, que cobrem a avaliação do imóvel por um engenheiro para verificar suas condições de valor e habitabilidade.
- Condições de financiamento: O banco pode financiar até 80% do valor total do imóvel, conforme as condições estabelecidas pelo programa Minha Casa Minha Vida.
Ao seguir esses passos e cumprir os requisitos exigidos, é possível realizar a compra de um imóvel usado com as facilidades oferecidas pelo Minha Casa Minha Vida, proporcionando acesso à moradia própria para famílias de renda mais baixa.