Recentemente, diversos professores de universidades públicas e técnicos de institutos federais entraram em greve, buscando reivindicar melhores condições de trabalho e reajustes salariais.
Os reajustes reivindicados variam entre 22% e 37%, refletindo a necessidade urgente de valorização desses profissionais que desempenham um papel crucial na educação brasileira.
Proposta do Governo e Reações da Categoria
Na última quarta-feira, 15 de maio de 2024, o governo federal apresentou uma proposta de reajuste salarial para os docentes, marcada como a última oferta. Gustavo Seferian, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), revelou que a proposta atual contempla diferentes níveis de reajuste.
Os professores com salários mais elevados teriam um aumento de 13,3% até 2026, enquanto aqueles que recebem menos poderiam ter um reajuste de até 31%, a ser concluído até o fim do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.
No entanto, a ausência de qualquer aumento em 2024 causou insatisfação entre os profissionais do ensino.
De acordo com o Secretário de Relações de Trabalho do MGI, Jose Lopez Feijóo, esse percentual de aumento pode variar de 23% a 43%, se considerarmos o reajuste de 2023, que foi de 9%, concedido a todos os servidores federais no ano anterior.
Essa análise aponta para uma recomposição não apenas da inflação prevista para o mandato do presidente Lula, estimada em 15%, mas também uma recuperação considerável das perdas salariais acumuladas ao longo de governos anteriores.
A proposta do governo federal para os docentes desperta discussões sobre a valorização dos profissionais da educação e a importância de garantir condições salariais dignas.
Embora represente um avanço em relação às negociações anteriores, a falta de aumento em 2024 é vista como um ponto de tensão que precisa ser abordado nas negociações futuras.
Os professores, como agentes fundamentais na formação de cidadãos e na construção de uma sociedade mais justa, demandam um reconhecimento adequado de seu trabalho e uma remuneração condizente com suas responsabilidades.
Mobilizações e Diálogos
O comando de greve do Andes está agendado para se reunir e discutir a proposta. Após essa reunião, novas assembleias serão realizadas, e a resposta final será dada até o dia 27 deste mês.
Enquanto isso, o governo federal apresentou uma proposta idêntica aos dois sindicatos representativos: 9% de aumento em janeiro de 2025 e mais 3,5% em maio de 2026.
No entanto, os técnicos administrativos reivindicam um reajuste de 37% em três anos, o que representaria um impacto de R$ 8 bilhões. O impacto do reajuste proposto para os professores ainda não foi divulgado.
Desafios e Perspectivas Futuras
Na próxima terça-feira, o governo terá uma reunião para tratar da greve dos técnicos-administrativos da rede.
De acordo com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), profissionais de mais de 50 universidades e colégios federais aderiram à paralisação.
Valorização da Educação e Expectativas para Professores
A reestruturação das carreiras na área da Educação tem sido uma pauta prioritária do governo, conforme anunciado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
A proposta apresentada, somada ao aumento concedido em 2023, representa um reajuste total de 23% para técnicos administrativos e docentes durante o governo Lula. O Ministério afirma estar aberto ao diálogo com os servidores e reitera o compromisso em valorizar os profissionais da Educação.
Em meio a esse contexto de mobilizações e negociações, tanto professores quanto técnicos-administrativos buscam uma valorização de suas carreiras e uma remuneração condizente com a importância de seu trabalho no sistema educacional brasileiro.
A resposta final sobre o reajuste salarial dos professores e técnicos-administrativos aguarda os desdobramentos das negociações entre sindicatos e governo.