Um aposentado, que teve seu benefício do INSS cancelado de forma indevida, enfrentou uma dolorosa privação de recursos essenciais.
Diante disso, o Juiz Caio Souto Araújo, atuando na 1ª Vara Federal de Serra (ES), emitiu uma sentença condenatória contra o INSS, reconhecendo a injustiça e determinando uma indenização para o aposentado prejudicado.
O cancelamento da aposentadoria, ocorrido em maio de 2023, foi mais do que uma falha administrativa; foi uma violação flagrante da dignidade do cidadão.
Nesse contexto, o autor do processo foi surpreendido com a notícia falsa de seu próprio falecimento, um equívoco que o deixou desamparado por três longos meses, privado de uma renda vital.
Em busca de justiça, o aposentado recorreu ao Judiciário para reparar os danos morais causados pela negligência do INSS. O magistrado, sensível ao sofrimento infligido pelo erro do órgão previdenciário, concedeu a indenização solicitada.
Salientou-se que o sofrimento poderia ter sido evitado se o INSS tivesse simplesmente convocado o segurado para a prova de vida, um procedimento rotineiro.
Os valores não recebidos devido ao cancelamento injusto do benefício serão restituídos ao aposentado, como uma medida de justiça tardia.
Além disso, o INSS foi condenado a pagar uma compensação de R$ 10 mil por danos morais, estabelecendo um importante precedente para futuros casos similares.
Este episódio ressalta o direito de todo beneficiário do INSS a uma reparação adequada em caso de cancelamento injustificado de seus benefícios.
Enfim, continue a leitura para mais informações sobre esse assunto e outras questões relacionadas.
Novas diretrizes do INSS trazem mudanças nas avaliações de benefícios
Recentes ajustes nos procedimentos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) têm despertado preocupações entre os beneficiários de aposentadorias e outros benefícios.
A iniciativa, denominada de “Pente-fino”, busca revisar e corrigir casos de concessões irregulares ou benefícios que já não se adequam mais aos requisitos estabelecidos pelo instituto.
Em suma, o objetivo primordial do pente-fino é assegurar que somente aqueles que verdadeiramente preenchem os critérios continuem a receber os benefícios de aposentadoria do INSS.
Isso implica em uma análise minuciosa de documentos, reavaliações médicas e auditorias internas para detectar inconsistências ou possíveis casos de fraude.
Vale mencionar que, o pente-fino inicia-se com a revisão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), com o propósito de confirmar a legitimidade dos beneficiários e eliminar aqueles que estão recebendo o benefício de maneira inadequada.
Essa fase visa garantir que somente pessoas verdadeiramente elegíveis recebam a assistência social. Além disso, o INSS planeja reformular o processo de concessão do auxílio-doença.
Com a proposta de simplificar o procedimento, o instituto pretende permitir afastamentos de até 180 dias com base em atestados médicos, sem a necessidade de realização de perícia presencial.
Você pode se interessar em ler também:
Como evitar a suspensão do benefício do INSS
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está revolucionando a maneira como os beneficiários realizam a prova de vida, introduzindo uma abordagem inovadora diretamente em seu site oficial.
Considere esta situação: alguém vai a um posto de saúde público e recebe uma vacina contra a gripe. Essa ação, aparentemente rotineira, torna-se um indicativo fundamental de vida para o INSS, contribuindo para a formação de um abrangente “pacote de informações” sobre o beneficiário.
Esse pacote integrará uma variedade de atividades registradas ao longo do ano nos bancos de dados de parceiros do INSS.
Quando o sistema determinar que houve uma quantidade adequada dessas atividades acumuladas, a prova de vida será validada automaticamente, assegurando a continuidade do benefício até o próximo período.
Diversas ações e interações do beneficiário são consideradas como prova de vida pelo sistema, incluindo:
- Acesso ao aplicativo Meu INSS, com o selo ouro de segurança, ou outros aplicativos e sistemas de órgãos públicos certificados, tanto no Brasil quanto no exterior;
- Obtenção de empréstimo consignado mediante autenticação biométrica;
- Atendimento presencial em agências do INSS ou reconhecimento biométrico em entidades parceiras;
- Atendimento de perícia médica, seja por telemedicina ou presencialmente;
- Uso dos serviços de saúde públicos ou de redes afiliadas;
- Participação em processos como vacinação, cadastro ou recadastramento em órgãos de trânsito ou segurança pública;
- Votação nas eleições;
- Emissão ou renovação de documentos oficiais, como passaporte, carteira de motorista, carteira de trabalho, entre outros, que exijam a presença física do usuário ou reconhecimento biométrico;
- Recebimento de benefícios com reconhecimento biométrico;
- Submissão da declaração de imposto de renda, seja como contribuinte principal ou dependente.