O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu entrevista à rádio CBN nesta terça-feira (18), na qual destacou o progresso da economia brasileira, o compromisso fiscal e os investimentos do Governo Federal para aprimorar a infraestrutura do país e melhorar a vida da população.
“Eu aprendi com uma mulher analfabeta, que era minha mãe. Você não pode gastar o que você não tem, só pode gastar o que ganha. Se tiver que fazer uma dívida, tem que fazer para aumentar alguma coisa na sua vida. É assim que prezo a minha consciência política. Ou seja, temos que gastar corretamente aquilo que temos. É por isso que estamos fazendo um estudo muito sério sobre o orçamento”, declarou o presidente.
Compromisso com a economia
A saber, Lula frisou que está disposto a discutir o orçamento com parlamentares e setor empresarial, além de cortar gastos, se necessário, mas sem prejudicar a população mais humilde, que mais necessita do apoio do Estado.
Ainda mais, ele lembrou o crescimento de 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, acima do que estimava o mercado, e o lançamento do Novo PAC, que prevê R$ 1,7 trilhão de investimento público e privado em infraestrutura.
Então, por esses motivos, demonstrou confiança de que a economia brasileira seguirá em expansão.
“Não tenha dúvida de que, quando eu terminar o mandato, o Brasil vai estar muito bem — como esteve em 2010. A economia vai continuar crescendo, o emprego vai continuar crescendo, o salário vai continuar crescendo, a inflação vai estar controlada”, garantiu.
Destaques
Acompanhe alguns dos principais trechos da entrevista do presidente.
Orçamento
“De vez em quando as pessoas jogam a responsabilidade dos gastos nas políticas sociais que você está implantando, que é para resolver a melhoria da qualidade de vida do povo.
O que me deixa preocupado é que as mesmas pessoas que falam que é preciso parar de gastar são as pessoas que têm R$ 546 bilhões de isenção, desoneração de folha de pagamentos, isenção fiscal. Ou seja, são os ricos que se apoderam de uma parte do orçamento do país e se queixam daquilo que você está gastando com o povo pobre.
Por isso que eu disse: não me venham querer que se faça qualquer ajuste em cima das pessoas mais humildes. Eu estou disposto a discutir o orçamento com a maior seriedade com Câmara, Senado, imprensa, empresários, banqueiros, mas para que a gente faça com que o povo mais humilde, o povo trabalhador, o povo que mais necessita do Estado não seja prejudicado, como em alguns momentos da história foi”.
Crescimento
“Você tem um país que está com a economia crescendo acima daquilo que o mercado imaginou. Tem um país gerando mais empregos. Em 17 meses foram 2,4 milhões de empregos formais.
Você teve a massa salarial crescendo 11,5%. Tem a situação muito boa do ponto de vista econômico, se comparar o Brasil que pegamos quando chegamos.
Está tendo mais investimento, tem o PAC, são R$ 1,7 trilhão de investimento. O PAC está todo lançado, em andamento, e é por isso que eu digo que, este ano, é o ano da colheita.
Não tenha dúvidas de que o Brasil vai terminar muito bem. Quando eu terminar o mandato, o Brasil vai estar muito bem — como esteve em 2010.
A economia vai continuar crescendo, o emprego vai continuar crescendo, o salário vai continuar crescendo, a inflação vai estar controlada. Quase crescemos 3%, foram 2,9% (crescimento do PIB do Brasil em 2023).
Agora, vamos crescer outra vez. Vamos crescer porque nós estamos fazendo com que a economia cresça. Criamos um programa de Nova Indústria Brasil para fazer investimento em indústria. Estamos tentando fazer investimento na bioeconomia. Estamos tentando trabalhar a transição energética com uma força extraordinária”.
Juros
“Todos os bancos que recebo demonstram que não há país com mais otimismo do que o Brasil. Somos o segundo país em receber investimento externo. Ora, então, nós temos uma situação que não necessita essa taxa de juros.
O Brasil não pode continuar com a taxa de juros proibitiva de investimentos no setor produtivo. Como é que você vai convencer um empresário a fazer investimento se ele tem que pagar uma taxa absurda. Então, é preciso baixar a taxa de juros, compatível com a inflação. A inflação está totalmente controlada”, finalizou.
Com informações da Assessoria de Comunicação do Palácio do Planalto